segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Inverno Quente

Te entreguei meu coração, na primavera;
Primavera floriu, mas veio logo o inverno
que, nem tímido, nem terno,
nos banhou no frio que sempre impera


Aqui, vivemos em estiagem;
Colecionamos as folhas do outono como recordação
pra esquecer-nos da verdadeira paisagem;
Todos estamos aqui, menos nós, coração...


Pensei até em me esquecer
mas percebi que isso seria demais, amando;
Tentei de tudo, e ainda estou tentando
ser eu mesmo de novo, por você


O verão chegou, inspiração
mas eu nunca mais serei o mesmo, e se
matei-me, foi pra te matar de mim;
Foi pra hoje colher os frutos da próxima estação.




John Borovisque.
(2010)

domingo, 4 de março de 2012






--

Está aí! O meu, o nosso, Verso Rígido!
Pra quem estiver interessado, a obra contém 55 poemas distribuídos ao longo de suas 62 páginas. São poemas pra todas as horas, vocês vão gostar.
Custa R$ 22,00 - (Quem ainda quiser, pode ler alguns poemas do livro indo no mês de outubro de 2011, a página onde existem poemas como "Felicidade", "Fogo", "Quanto Tempo", etc.)

bom, grande abraço a todos!
Poeticatenciosamente,
John Borovisque.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tradicional Poema de amor

Te entreguei meu coração, na primavera;
Primavera floriu, mas veio logo o inverno
que, nem tímido, nem terno,
nos banhou no frio que sempre impera


Aqui, vivemos em estiagem;
Colecionamos as folhas do outono como recordação
pra esquecer-nos da verdadeira paisagem;
Todos estamos aqui, menos nós, coração...


Pensei até em me esquecer
mas percebi que isso seria demais, amando;
Tentei de tudo, e ainda estou tentando
ser eu mesmo de novo, por você


O verão chegou, inspiração
mas eu nunca mais serei o mesmo, e se
matei-me, foi pra te matar de mim;
Foi pra hoje colher os frutos da próxima estação.



John Borovisque.
(2010)

domingo, 25 de dezembro de 2011

Quando a gula e a luxúria se encontram

Na ilha de tais pecados
a orca e a ninfetinha
uma comendo, a outra quietinha
de olhos fechados


Tudo exibido pela TV
Sob o fiel olhar do homem
Aí que juntaram a fome
com a vontade de comer.


Então, com suas barrinhas de cereais,
Decidiram ir pros anais
do inferno, como de outrora:


Conhecidas de velhos carnavais
deu-se a entender que uma
comeria a da outra... agora...




John Borovisque.
(2011.)

O Epitáfio

Sendo o lírio questionado
pelo seu amor orquídea
sobre o que, de então, faria
se o seu amor fosse arrasado

por alguma mão criança
adulta ou sem lembrança


Ele disse que não se importaria
se visse sua vida apodrecer
ao chão sob o qual a vira nascer...

(posteriormente, só me lembro dele ter dito que,
sobre algum epitáfio, se jogaria.)




John Borovisque.
(2010.)

Carinhosamente, A Solidão

Não tenho amores
mas também, não tenho dores;
Decidi crescer só, sem esparadrapos na consciência;
Pois que, amanheci num dia e lá estava eu, a paciência.




John Borovisque.
(2010.)

Quando a ira e a preguiça se encontram

Esparramada na cama
Com seu pijama cor de mel
Ela estava um doce
Era a garotinha que caiu do céu


Se encontrava no primeiro sono
Quando a Ira chegou
Esta bateu a porta, com calma
bateu a porta, e que calma!


Não abriu os olhos
A preguiça dos corações indefesos
Tampouco a porta arrombada


Chegando ao quarto, a cobriu
Dizendo - Tenha bons sonhos, querida - a Ira
Sem pressa, também sabia que era imortal.




John Borovisque. (2011)