domingo, 25 de dezembro de 2011

Cris

E agora, o que faço eu aqui
Depois de tanto ter nadado
Nas águas do teu amor,
O que me arrancou os braços, as pernas, menos a dor
De não teres me amado?


E agora? Mato-me aqui mesmo
Sem sombra ou ar fresco,
Nem um ombro pr'eu chorar?
Então, como fazes, Crisântemo, pra extravasar
Logo após o partir de sua Rosa, a lhe abandonar?


Quando eu fechar esta porta
Veja, ela não mais abrir-se-á;
Gastei tempos, todos só por ti a sorrir
E até tive dinheiros, mas nunca me tive a mentir
Mas, a porta está aberta, e nem sei se conseguirei fechá-la.


Eu sofro de uma dor
Da qual, jamais, desejarei que alguém a sofra;
Sim, eu sofro de amor
E estou morrendo por um amor, mas sem ao menos morrer!
Não falo e não vejo mais nada. Só procuro por você.




John Borovisque.
(2010)

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